A evolução das contas digitais e do Banking as a Service (BaaS) mudou a forma como serviços financeiros funcionam no Brasil. Para fintechs, bancos digitais, varejistas e ERPs, garantir segurança e seguir as normas regulatórias não é apenas uma vantagem, mas uma necessidade para crescer e operar com eficiência.
Neste guia, você vai encontrar os pontos mais importantes, os desafios e as soluções práticas para atuar nesse mercado de forma segura e dentro das regras do Banco Central.
O que você precisa saber sobre segurança e conformidade em contas digitais por meio de BaaS
Entenda o que são contas digitais e Banking as a Service
Contas digitais permitem que clientes abram e gerenciem contas bancárias pelo celular ou computador, sem precisar ir a uma agência física. Elas oferecem serviços como transferências via Pix, TED, pagamento de boletos, rendimento de saldo e cartões, tudo de forma online.
Já o Banking as a Service, ou BaaS, é um modelo que ajuda empresas não financeiras a oferecerem serviços bancários por meio de parcerias com instituições licenciadas. Nesse formato, a empresa usa a tecnologia e a estrutura regulatória do provedor para lançar produtos financeiros com sua própria marca, focando no relacionamento com o cliente.
Como garantir segurança em contas digitais
A segurança de contas digitais depende de várias camadas de proteção. A criptografia protege dados durante transferências e armazenamento, evitando que informações sensíveis sejam acessadas por terceiros. Além disso, a autenticação multifator, que combina senhas, biometria e tokens, confirma a identidade do usuário de forma mais confiável.
Sistemas de prevenção a fraudes usam inteligência artificial para identificar comportamentos suspeitos em tempo real, bloqueando transações arriscadas antes que causem prejuízo. O monitoramento constante de operações também ajuda a detectar atividades fora do comum e agir rapidamente contra ameaças.
Proteger contra riscos cibernéticos, como phishing, malware e tentativas de invasão, exige medidas específicas. Controles de acesso ajustados ao nível de risco da transação são uma boa prática para equilibrar segurança e praticidade no uso.
Conformidade regulatória no Brasil: o papel do Banco Central
As normas do Banco Central formam a base do ambiente regulatório para contas digitais e BaaS no Brasil. A Resolução BCB nº 24/2020 define regras para Instituições de Pagamento, incluindo autorização e supervisão de entidades que gerenciam contas e emitem moeda eletrônica.
A Lei Geral de Proteção de Dados, conhecida como LGPD, também é essencial. Ela estabelece diretrizes para coletar, armazenar e compartilhar dados pessoais, exigindo consentimento claro dos usuários e medidas de proteção adequadas.
As regras para Banking as a Service no Brasil buscam clareza na fiscalização e reforço da segurança no setor, trazendo mais confiança para empresas que adotam esse modelo.
O mercado brasileiro: tendências e obstáculos em segurança e conformidade
Crescimento e mudanças nas regras no Brasil
O setor de contas digitais e BaaS no Brasil está em plena expansão, graças a novos hábitos dos consumidores e avanços tecnológicos. O ambiente regulatório no país é dinâmico, oferecendo segurança jurídica e incentivando investimentos em BaaS.
O Open Finance, antes chamado de Open Banking, é um passo importante para o sistema financeiro. Ele permite compartilhar dados entre instituições, com consentimento do cliente, abrindo espaço para produtos mais personalizados e maior concorrência no mercado.
O Pix transformou os pagamentos instantâneos, definindo padrões de segurança que impactam diretamente as contas digitais. O Sistema de Pagamentos Brasileiro continua se adaptando para atender a novas tecnologias e modelos de negócio.
Principais desafios para quem opera contas digitais
Acompanhar as mudanças frequentes nas normas do Banco Central é um grande desafio. Empresas precisam de equipes dedicadas para monitorar atualizações regulatórias e ajustar suas operações rapidamente.
Investir em tecnologia e profissionais de segurança cibernética exige muitos recursos. É necessário contar com especialistas em compliance e infraestrutura robusta para lidar com o alto volume de transações de forma segura.
Gerenciar riscos de fraude e ataques digitais ficou mais complexo com o aumento de ameaças online. Criminosos criam novas táticas constantemente, o que exige das empresas soluções de proteção cada vez mais avançadas.
Como a conformidade afeta diferentes tipos de empresas
Fintechs e bancos digitais precisam balancear inovação rápida com cuidado regulatório. Eles buscam lançar produtos no mercado com agilidade, mas devem seguir todas as normas desde o início do desenvolvimento.
Varejistas e ERPs, que não atuam tradicionalmente no setor financeiro, enfrentam barreiras ao entrar nesse mercado. Eles precisam entender e aplicar regras complexas para oferecer serviços financeiros aos clientes, o que exige mudanças internas significativas.
Bancos tradicionais têm o desafio de atualizar sistemas antigos para atender às exigências modernas de segurança e compliance, mantendo a estabilidade de suas operações. Essa transição demanda alto investimento e gestão de riscos.
Práticas eficazes para segurança e conformidade em contas digitais
Como implementar processos robustos de KYC e AML
Um bom processo de KYC, ou “Conheça seu Cliente”, começa com a coleta detalhada de dados no momento do cadastro. Tecnologias como reconhecimento facial e validação biométrica ajudam a confirmar a identidade de forma precisa e ágil.
O monitoramento contínuo de transações é indispensável para identificar atividades suspeitas. Sistemas com inteligência artificial analisam padrões de comportamento, valores e frequência de operações para sinalizar riscos de lavagem de dinheiro.
Manter listas atualizadas de pessoas politicamente expostas e sanções é essencial. Ferramentas automatizadas verificam clientes contra essas listas regularmente, gerando alertas para análise quando necessário, e a documentação de todas as ações é fundamental para auditorias.
Segurança integrada desde o início do projeto
Incorporar segurança no design dos sistemas desde o começo garante proteção em todas as etapas. APIs precisam de autenticação forte, limite de requisições e validação de dados para evitar ataques como injeção de código.
Usar infraestrutura em nuvem com certificações reconhecidas, como ISO 27001 e PCI DSS, traz benefícios de segurança e escalabilidade. Esses provedores oferecem um nível de proteção difícil de alcançar internamente com custo acessível.
Criptografia completa, segmentação de redes e atualização constante de chaves de segurança são práticas importantes. Elas ajudam a proteger dados sensíveis e limitar danos caso haja algum problema de segurança.
Escolhendo um parceiro confiável de BaaS
Optar pelo provedor certo de BaaS faz toda a diferença para manter a conformidade. É importante avaliar se ele tem licenças regulatórias válidas, experiência comprovada, tecnologia robusta e suporte especializado em normas.
Um parceiro que conheça as particularidades do seu setor pode oferecer orientações mais ajustadas às suas necessidades. Transparência nas operações e acesso a relatórios detalhados também são sinais de confiabilidade.
Operar com as licenças de um provedor experiente reduz o tempo de entrada no mercado, diminui riscos regulatórios e economiza recursos que seriam gastos para obter autorizações próprias.
Cuidados com dados e privacidade segundo a LGPD
O consentimento dos usuários para uso de dados deve ser claro e específico para cada finalidade. Interfaces simples que expliquem como as informações serão usadas ajudam a cumprir a lei e aumentar a confiança do cliente.
Medidas como anonimização de dados, controle de acesso restrito e auditorias regulares protegem informações pessoais. Além disso, facilitar a portabilidade de dados por meio de APIs seguras é uma exigência que precisa ser atendida.
Ter políticas definidas para retenção e exclusão de dados, além de um Encarregado de Proteção de Dados qualificado, garante que a empresa esteja alinhada com a LGPD de forma contínua.
Automatizando relatórios para o Banco Central
Automatizar relatórios regulatórios evita erros humanos e assegura que as informações sejam enviadas no prazo ao Banco Central. Ferramentas podem gerar documentos como CCS, CADOCs e DIMP de forma eficiente.
Integrar sistemas com a Rede do Sistema Financeiro Nacional e o Sistema de Pagamentos Brasileiro exige conexões seguras e redundância para evitar falhas. Isso garante que os relatórios cheguem mesmo em caso de problemas técnicos.
Validações automáticas antes do envio verificam se os dados estão completos e no formato correto, reduzindo rejeições e a necessidade de ajustes manuais.
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Erros que você deve evitar em segurança e conformidade regulatória
Não subestime as exigências do Banco Central
Muitas empresas ignoram a necessidade de licenças específicas para operar contas digitais, o que atrasa o lançamento de produtos. Obter autorizações como Instituição de Pagamento exige tempo e planejamento.
Desconhecer normas específicas para BaaS e contas digitais pode levar a problemas graves. A proposta do Banco Central define regras claras para BaaS, com foco na prevenção de riscos, e ignorar essas diretrizes gera exposição regulatória.
Falhar no envio de relatórios exigidos pelo Banco Central pode resultar em multas e sanções. Cumprir os prazos e formatos corretos é fundamental para evitar impactos na operação e na reputação da empresa.
Evite falhas em controles de segurança
Processos fracos de KYC e AML aumentam riscos para a empresa e seus clientes. Verificações mal feitas permitem que fraudadores acessem o sistema, enquanto monitoramento insuficiente pode não identificar operações suspeitas.
Sistemas mal protegidos contra ciberataques geram perdas financeiras e arranham a imagem da empresa. Erros comuns incluem não usar autenticação multifator ou manter sistemas desatualizados.
Deixar de fazer testes regulares de segurança, como auditorias e simulações de ataque, pode esconder falhas críticas. Como alvos frequentes, sistemas financeiros precisam de validação constante para se manterem protegidos.
Cuidado ao escolher um parceiro de BaaS
Escolher um provedor de BaaS sem capacidade de crescimento ou garantia de conformidade limita o negócio no futuro. Parceiros sem estrutura sólida viram entraves à medida que a operação se expande.
A falta de suporte especializado em questões regulatórias deixa a empresa vulnerável a mudanças nas normas. Um bom parceiro deve oferecer orientação ativa para manter a conformidade.
Decidir apenas pelo preço, ignorando segurança e experiência, pode gerar custos maiores com problemas regulatórios ou necessidade de trocar de provedor no longo prazo.
Invista em tecnologia atualizada
Depender de sistemas antigos aumenta o risco de falhas de segurança e dificuldades com novas normas. Soluções ultrapassadas não suportam padrões modernos de proteção e integração.
Sistemas inflexíveis dificultam a adaptação a mudanças regulatórias, tornando a implementação de novos requisitos cara e lenta.
Não usar automação em processos de conformidade eleva a chance de erros humanos e reduz a eficiência. Tarefas manuais consomem tempo que poderia ser usado em atividades mais estratégicas.
Trate a proteção de dados como prioridade
Descuidar da coleta e uso de dados pode levar a violações da LGPD, com multas de até 2% do faturamento da empresa. Processos inadequados para consentimento e gestão de informações são um risco real.
Vazamentos de dados ou tratamento incorreto podem prejudicar a confiança dos clientes e a reputação da marca, algo especialmente delicado no setor financeiro.
Não treinar equipes sobre proteção de dados ou ter planos claros para incidentes amplifica os riscos. Responder rapidamente a problemas é tão importante quanto preveni-los.
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Celcoin: sua parceira em segurança e conformidade para contas digitais e BaaS
A Celcoin oferece uma estrutura completa de tecnologia e conformidade para empresas que querem lançar ou expandir serviços de contas digitais. Nossa solução simplifica os desafios regulatórios e técnicos, permitindo que você foque no desenvolvimento de produtos e no atendimento aos clientes.
BaaS: entre no mercado financeiro com agilidade
Com o BaaS da Celcoin, empresas sem licença própria podem operar contas digitais usando nossas autorizações, como a de Instituição de Pagamento. Oferecemos KYC automatizado com biometria, sistemas de AML para monitoramento de transações e relatórios regulatórios ao Banco Central.
Nossa infraestrutura inclui contas digitais com Pix, TED, pagamento de boletos, rendimento de saldo e cartões. O processo de cadastro é 100% digital e seguro, com validação de identidade em tempo real e checagem contra listas de sanções.
Você ganha rapidez para entrar no mercado, conformidade garantida e capacidade de crescer sem precisar mudar de tecnologia no futuro.
Core Banking: eficiência para empresas reguladas
Para quem já tem licença própria, nosso Core Banking oferece uma estrutura moderna e atualizada, integrada ao Sistema de Pagamentos Brasileiro e ao Banco Central. Isso garante conformidade contínua e operação eficiente.
Gerenciamos contas com ledger nativo, operações automatizadas, cabine de tesouraria e relatórios como CCS, CADOCs e DIMP. A arquitetura baseada em microsserviços assegura alta disponibilidade e crescimento sem interrupções.
Empresas reguladas ganham redução de custos, menor risco, conformidade integrada e APIs modernas para lançar novos produtos mais rápido.
Soluções regulatórias completas
Transformamos as exigências legais em processos simples e automatizados. Nossa tecnologia integra segurança de dados, suporte especializado e escalabilidade para atender às normas do Banco Central, Receita Federal e SUSEP.
Atendemos bancos, emissores de cartão, adquirentes, participantes do Pix, Instituições de Pagamento e mais. Geramos relatórios como DIMP, CCS e SCR automaticamente, reduzindo erros e garantindo entrega no prazo.
Com isso, você tem menos riscos, operação mais fluida e suporte técnico contínuo para questões regulatórias.
Open Finance com segurança de dados
Nossa solução de Open Finance permite compartilhar dados financeiros de forma segura, seguindo as normas do Banco Central. Usamos APIs modernas e proteção completa para garantir a integridade das informações.
Empresas podem usar esses dados para melhorar processos de KYC, cadastro de clientes e personalização de serviços, tudo dentro da LGPD. Oferecemos painéis de gestão, relatórios automatizados e interfaces alinhadas às diretrizes do Banco Central.
Isso beneficia desde fintechs até e-commerces e ERPs, com processos mais rápidos, custos menores e ofertas mais relevantes para os clientes.
Quer oferecer serviços financeiros com segurança e conformidade? Conheça a solução da Celcoin para fintechs, bancos digitais, gestoras de fundos, varejistas e ERPs.
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Característica |
BaaS (Banking as a Service) |
Core Banking |
Benefício principal |
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Licenciamento |
Opera sob licenças do provedor BaaS |
Permite operar com licenças próprias |
Flexibilidade regulatória |
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Conformidade regulatória |
Responsabilidade compartilhada |
Conformidade integrada e otimizada |
Redução de riscos |
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Escalabilidade |
Alta, ideal para crescimento inicial |
Muito alta, para instituições consolidadas |
Crescimento sustentável |
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Foco principal |
Entrada rápida no mercado |
Eficiência operacional e controle total |
Time-to-market otimizado |
Dúvidas comuns sobre segurança e conformidade em contas digitais e BaaS
Por que a regulamentação do BaaS é importante para a segurança?
As normas para BaaS criam um ambiente confiável para contas digitais no Brasil. Elas definem responsabilidades claras entre instituições licenciadas e empresas parceiras, protegem os consumidores e reforçam a solidez do sistema financeiro. Além disso, estabelecem controles rigorosos contra lavagem de dinheiro e outros riscos, trazendo mais segurança e incentivando investimentos no setor.
Empresas sem licença própria conseguem operar com segurança?
Sim, é possível operar contas digitais com segurança e conformidade por meio de parcerias com provedores de BaaS licenciados. Esses parceiros cuidam das exigências regulatórias, como licenças de Instituição de Pagamento, KYC, AML e relatórios ao Banco Central, permitindo que empresas foquem no atendimento ao cliente enquanto oferecem serviços financeiros confiáveis.
Qual a relação da LGPD com contas digitais no Brasil?
A LGPD define regras essenciais para proteger dados pessoais em contas digitais, complementando as normas do Banco Central. Ela exige consentimento claro para uso de informações, medidas de segurança contra vazamentos e garantia de direitos como acesso e exclusão de dados. Cumprir a LGPD aumenta a confiança dos usuários e evita multas de até 2% do faturamento da empresa.
Quais relatórios regulatórios são exigidos para contas digitais?
Quem opera contas digitais precisa enviar vários relatórios ao Banco Central, como o CCS, com dados mensais sobre riscos de crédito, o CADOCs, sobre operações ativas, e a DIMP, com detalhes de transações de pagamento. Relatórios contábeis do COSIF e tributários para a Receita Federal também são comuns. Automatizar esses envios garante precisão e cumprimento de prazos.
Como escolher um provedor de BaaS confiável?
Para selecionar um provedor de BaaS, verifique se ele tem licenças atualizadas, histórico de conformidade e tecnologia segura com certificações como ISO 27001. Avalie a experiência no seu setor, a transparência em relatórios e a qualidade do suporte regulatório. Um bom parceiro deve ajudar a crescer de forma sustentável, oferecendo orientação proativa sobre mudanças nas normas.
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Conclusão: o futuro seguro das contas digitais no Brasil
Segurança e conformidade regulatória são a base para o sucesso de contas digitais e BaaS no Brasil. O ambiente regulatório do país, com sua abordagem proativa, protege os consumidores e incentiva inovações responsáveis no setor financeiro.
Empresas que investem em boas práticas de KYC, AML, proteção de dados e automação de relatórios estarão mais preparadas para crescer. Escolher parceiros estratégicos de BaaS ou Core Banking pode acelerar essa trajetória, garantindo conformidade desde o início.
O futuro das contas digitais no Brasil dependerá de combinar avanços tecnológicos com atenção às normas. Entender as regras do Banco Central, adotar tecnologias modernas e priorizar a segurança de dados são passos essenciais para criar um mercado financeiro confiável e inclusivo.
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