Como funciona a licença IP no Brasil: entenda as instituições de pagamento

O mercado financeiro brasileiro vive um momento de grande evolução, com a tecnologia e a demanda por serviços digitais moldando novas oportunidades.

A licença de Instituição de Pagamento (IP) tornou-se essencial para fintechs, bancos digitais, varejistas e ERPs que querem oferecer soluções de pagamento e crédito de forma segura e regulamentada.

Entender o funcionamento dessa licença não é apenas uma questão de cumprir regras, mas também uma chance de crescer e inovar no setor financeiro. Com o Banco Central (Bacen) exigindo cada vez mais transparência e conformidade, dominar as regras da licença IP ajuda a navegar com confiança nesse ambiente e a construir uma base sólida para o futuro.

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O que é a licença IP e como ela funciona?

Entenda o conceito de Instituição de Pagamento

Uma Instituição de Pagamento (IP) é uma entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a oferecer serviços de pagamento no país. Diferente dos bancos tradicionais, ela se concentra em facilitar transações, como transferências e gestão de contas digitais.

Para conseguir a licença IP, a empresa precisa ser uma limitada ou S.A. com mais de um sócio e atender às exigências do art. 6º da Lei 12.865/13, além de requisitos de capital e governança.

Ao contrário dos bancos, as IPs não lidam com produtos de crédito amplo, como financiamentos. Elas focam em soluções práticas de pagamento, o que permite maior rapidez na criação de serviços digitais. Isso as torna uma opção atraente para empresas que querem entrar no mercado financeiro sem enfrentar toda a complexidade de uma instituição bancária tradicional.

Conheça as 4 modalidades de licença IP

As IPs no Brasil operam em quatro categorias distintas, cada uma com funções e finalidades específicas. A Resolução BCB n. 80/21 define modalidades como emissão de moeda eletrônica, emissão de instrumento pós-pago, credenciadora e iniciadora de transação de pagamento, que podem ser combinadas.

Aqui estão as principais características de cada modalidade:

  1. Emissor de moeda eletrônica: gerencia contas pré-pagas e carteiras digitais, permitindo que usuários depositem valores para pagamentos e transferências. Ideal para quem oferece contas digitais ou cartões pré-pagos, exige regras estritas de proteção dos recursos.
  2. Emissor de instrumento pós-pago: envolve contas onde o usuário paga depois, como cartões de crédito. É uma opção para empresas que querem oferecer crédito, mas requer capital maior e análise de risco detalhada.
  3. Credenciador: permite que estabelecimentos aceitem diversos meios de pagamento, fornecendo infraestrutura para maquininhas e gateways. É essencial para negócios no setor de adquirência.
  4. Iniciador de transação de pagamento (ITP): facilita pagamentos e transferências sem gerenciar os fundos diretamente. Integra canais digitais, como APIs ou WhatsApp, e apoia a interoperabilidade do Open Finance.

Um ponto importante é que uma única IP pode operar várias modalidades ao mesmo tempo, ampliando suas possibilidades de negócio. Isso ajuda a criar soluções financeiras integradas com custos regulatórios mais otimizados.

Como funciona a regulação de IPs no Brasil?

A atuação do Banco Central na supervisão

O Banco Central do Brasil é responsável por regular e fiscalizar as IPs, garantindo a segurança e a eficiência do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Nos últimos anos, sua autonomia permitiu criar regras modernas e acompanhar as mudanças no mercado financeiro digital.

O processo de aprovação das licenças IP é rigoroso, com foco na proteção do consumidor. As empresas precisam atender a exigências de capital, governança, sistemas de controle interno e planos para manter a operação em situações adversas. Esse cuidado assegura que apenas organizações preparadas atuem no setor financeiro do país.

Participação das IPs no SPB e em meios de pagamento

Um dos maiores benefícios da licença IP é a integração direta ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Isso permite que as IPs participem de arranjos como Pix e outros sistemas de compensação e liquidação, sem depender de intermediários.

Essa conexão reduz custos e aumenta a rapidez das transações. Para fintechs e empresas de tecnologia, significa oferecer serviços com a mesma eficiência dos grandes bancos, mas com mais liberdade para criar produtos inovadores e melhorar a experiência do cliente.

Relação entre IPs e Open Finance

O Open Finance está mudando a forma como dados financeiros são compartilhados no Brasil. As IPs podem se conectar a sistemas como Pix e Open Finance, reforçando seu papel na infraestrutura de pagamentos.

Para as IPs, isso significa criar serviços mais personalizados. Com o compartilhamento de dados autorizado pelos usuários, é possível agilizar cadastros, melhorar análises de crédito e oferecer produtos adaptados a cada cliente. A modalidade de Iniciador de Transação de Pagamento, em especial, ganha muito com essa integração entre instituições.

Passo a passo para obter e gerenciar sua licença IP

Prepare sua empresa com antecedência

Conseguir uma licença IP exige planejamento detalhado e total entendimento das exigências do Banco Central. Primeiro, sua empresa precisa ser uma sociedade limitada (Ltda.) ou anônima (S.A.), com mais de um sócio, e seguir normas básicas de governança.

O capital mínimo varia conforme a modalidade escolhida e deve ser mantido durante toda a operação. Além disso, é preciso comprovar a origem legal dos recursos e ter políticas claras de gestão de riscos e compliance. Esses pontos são essenciais para a aprovação do pedido.

Outro detalhe importante é a qualificação dos sócios e administradores. O Bacen analisa experiência, reputação e capacidade técnica de todos os envolvidos na gestão, garantindo que tenham condições de atuar no setor financeiro com responsabilidade.

Como solicitar a autorização ao Bacen

O processo de autorização envolve preparar documentos como estatuto social, políticas internas, dados dos sócios, origem do capital e conformidade operacional, enviados ao Banco Central.

A documentação deve incluir um plano de negócios sólido, sistemas tecnológicos confiáveis e prova de capacidade operacional, com equipe qualificada e processos definidos. O prazo para análise pode variar de 6 a 18 meses, dependendo da complexidade do pedido e da qualidade dos materiais apresentados. Durante esse período, o Bacen pode pedir ajustes ou mais informações.

É comum haver auditorias e questionamentos, o que torna fundamental contar com apoio jurídico ou consultoria especializada.

Mantenha a conformidade após a aprovação

Obter a licença IP é só o começo. Manter a autorização exige governança sólida, capital adequado, atualização de registros no Bacen e transparência nas operações.

As IPs precisam enviar relatórios regulares ao Bacen, como CCS, CADOCs, COSIF e DIMP, respeitando prazos rigorosos. Falhas nesses envios podem gerar penalidades graves. Além disso, o capital regulatório deve ser monitorado constantemente para cobrir riscos e garantir a continuidade do negócio.

Saiba como facilitar esse processo com uma solução completa para fintechs, bancos digitais, varejistas e ERPs. Com a Celcoin, você pode fornecer aos seus clientes todos os serviços habilitados para uma IP sem precisar de uma licença própria. Conheça o BaaS da Celcoin.

Principais erros a evitar com a licença IP

Não subestime as exigências regulatórias

Muitas empresas acham que o processo de licença IP é simples e acabam enfrentando problemas por falta de preparação. O Banco Central exige provas detalhadas de capacidade operacional e governança, algo que vai além de documentos básicos.

Essa falta de planejamento pode atrasar a autorização, aumentar custos ou até levar à rejeição do pedido. Investir em consultoria e sistemas de conformidade desde o início evita surpresas e ajuda a cumprir as exigências com mais segurança.

Planeje o capital com cuidado

Outro erro comum é não prever o capital necessário a longo prazo. Muitas empresas focam apenas no valor inicial exigido, ignorando custos de tecnologia, operação e reservas para imprevistos.

Manter um capital regulatório adequado é um compromisso contínuo, especialmente com o crescimento da operação. Sem isso, há risco de limitações no negócio ou até perda da licença. Um planejamento financeiro bem estruturado é crucial para evitar esses problemas.

Não descuide do compliance após a licença

Depois de obter a licença, algumas empresas relaxam no cumprimento das regras, focando só no crescimento. Isso é um grande risco, já que o Bacen fiscaliza continuamente e aplica multas severas por irregularidades.

Os relatórios regulatórios exigem sistemas confiáveis para coletar e enviar dados no prazo. Falhas podem gerar penalidades e prejudicar a reputação da empresa. Por isso, é essencial investir em equipes de compliance e ferramentas de monitoramento.

Evite enfrentar o processo sozinho

Tentar gerenciar toda a obtenção e manutenção da licença IP sem apoio especializado é um erro frequente. As regras são complexas e mudam com o tempo, exigindo conhecimento que nem sempre está disponível internamente.

Contar com parceiros experientes em infraestrutura financeira pode agilizar o processo, reduzir riscos e cortar custos desnecessários. Esses especialistas trazem soluções testadas e permitem que a empresa foque no que faz de melhor, enquanto cuida das exigências regulatórias.

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Por que escolher a Celcoin como parceira para sua licença IP?

Flexibilidade entre BaaS e Core Banking

A Celcoin oferece opções adaptadas ao estágio e aos objetivos da sua empresa. Para quem ainda não tem licença IP, o modelo BaaS (Banking as a Service) fornece infraestrutura tecnológica e regulatória completa, usando a licença da própria Celcoin.

Isso permite lançar serviços como contas digitais, Pix e cartões em pouco tempo, sem se preocupar com compliance ou relatórios regulatórios. Já para empresas com licença própria ou que planejam obtê-la, o Core Banking da Celcoin entrega uma plataforma robusta para gestionar operações e manter a conformidade com o Bacen.

Tecnologia moderna e conformidade garantida

A plataforma da Celcoin usa APIs e microsserviços, o que traz flexibilidade e capacidade de crescimento rápido. Esse sistema se adapta facilmente a mudanças regulatórias e permite adicionar novos serviços sem complicações.

Os relatórios ao Bacen, como CCS, CADOCs e DIMP, são gerados e enviados automaticamente, evitando erros e atrasos. A conexão direta ao SPB garante operações eficientes, enquanto uma equipe especializada oferece suporte em todas as etapas regulatórias.

Benefícios claros ao partnering com a Celcoin

Trabalhar com a Celcoin significa chegar ao mercado mais rápido. Enquanto criar uma infraestrutura própria leva meses ou anos, o BaaS permite lançar produtos em poucas semanas. Além disso, o modelo de custos baseados em transações elimina barreiras de entrada com altos valores iniciais.

A plataforma suporta desde startups até grandes empresas, com experiência de mais de 6 mil clientes e R$30 bilhões em transações mensais. Isso prova a capacidade de atender diferentes necessidades com segurança e eficiência.

Característica

Licença IP própria

BaaS via Celcoin

Core Banking Celcoin

Tempo de lançamento

12-24 meses

4-12 semanas

4-12 semanas

Custo inicial

Muito Alto

Reduzido

Reduzido

Gestão regulatória

Interna

Celcoin

Compartilhada (empresa tem a licença, Celcoin cuida do envio de relatórios)

Descubra como a Celcoin apoia fintechs, bancos digitais, varejistas e ERPs.

Dúvidas comuns sobre a licença IP

Qual a diferença entre ter licença própria e usar BaaS?

Ter uma licença IP própria significa que sua empresa é autorizada diretamente pelo Bacen para oferecer serviços de pagamento, assumindo todas as responsabilidades regulatórias e financeiras. Isso dá controle total, mas exige altos investimentos em tecnologia e conformidade.

Usar o BaaS, como o da Celcoin, permite operar com a licença de um parceiro, reduzindo custos e acelerando o lançamento de produtos. É uma opção prática para focar no cliente enquanto o parceiro cuida das exigências regulatórias. A decisão depende dos recursos e objetivos da sua empresa.

Quais são os requisitos de capital para a licença IP?

O capital necessário varia conforme a modalidade de IP e o volume de operações planejado. O Bacen define valores mínimos considerando riscos e serviços oferecidos. Além disso, a origem do capital deve ser comprovada e legal, mantida em níveis adequados ao longo do tempo.

É importante planejar reservas para imprevistos e crescimento futuro. Um capital bem gerenciado não só atende às regras, mas também suporta a expansão dos serviços sem restrições.

Uma IP pode atuar em várias modalidades ao mesmo tempo?

Sim, uma única IP pode operar diferentes modalidades sob o mesmo CNPJ. Isso permite oferecer desde carteiras digitais até serviços de credenciamento, criando soluções integradas para os clientes.

Embora seja uma vantagem para diversificar receitas, cada modalidade pode exigir mais capital e controles específicos. Um planejamento detalhado garante que a operação combine essas funções sem problemas.

Como a Celcoin assegura a conformidade regulatória?

A Celcoin mantém a conformidade com tecnologia avançada e processos automáticos. Relatórios como CCS, CADOCs e DIMP são enviados ao Bacen no prazo, com precisão garantida. A conexão direta ao SPB assegura que todas as operações sigam as normas.

Equipes especializadas acompanham mudanças nas regras e ajustam a plataforma, mantendo clientes sempre alinhados às exigências do Bacen. Isso reduz riscos e dá mais segurança para operar.

Quanto tempo leva para implementar uma solução com a Celcoin?

O prazo depende da complexidade da solução e do modelo escolhido. Com o BaaS, é possível começar em 4 a 12 semanas. Para Core Banking, o tempo varia conforme o estágio da licença IP ou da estrutura existente.

A equipe da Celcoin oferece suporte técnico durante a implementação. Operações simples podem estar prontas em uma semana, enquanto projetos maiores levam até três meses, dependendo dos recursos disponíveis e da complexidade desejada.

Veja como a Celcoin ajuda fintechs, bancos digitais, varejistas e ERPs a crescer.

Conclusão: seu caminho para inovar no mercado financeiro

A licença de Instituição de Pagamento é uma ferramenta poderosa para crescer no mercado financeiro brasileiro. Ela abre oportunidades para fintechs, varejistas e ERPs que querem oferecer serviços digitais de forma segura e regulamentada.

Embora as regras possam parecer desafiadoras, elas protegem o setor e favorecem empresas preparadas. Investir em conformidade e tecnologia agora é o diferencial para se destacar e construir uma vantagem competitiva sólida.

Você pode optar por uma licença própria ou por um modelo como BaaS, dependendo dos seus objetivos e recursos. Ambas as escolhas são válidas, desde que apoiadas por parceiros confiáveis e sistemas modernos.

O futuro do mercado financeiro no Brasil continuará a evoluir, com iniciativas como Open Finance e Pix impulsionando mudanças. Estar bem posicionado hoje, com uma base regulatória forte, é o que garante sucesso a longo prazo.

Com mais de 6 mil clientes e R$30 bilhões em transações mensais, a Celcoin tem a experiência necessária para ajudar nessa jornada. Seja via BaaS ou Core Banking, o suporte certo transforma desafios em oportunidades de crescimento.

Veja como a Celcoin ajuda fintechs, bancos digitais, varejistas e ERPs a crescer.

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