O cenário regulatório financeiro no Brasil muda constantemente, trazendo desafios e oportunidades para fintechs, bancos digitais, varejistas e ERPs. Entender e seguir essas regras é crucial para operar com segurança e crescer no mercado em 2025.
Neste artigo, mostramos cinco práticas fundamentais que ajudam a manter a conformidade, melhorar processos e usar as exigências regulatórias como uma vantagem no dia a dia.
Por que a conformidade regulatória é prioridade em 2025
Em 2025, o sistema financeiro brasileiro enfrenta mudanças importantes nas regras de operação. Essas novas normas não apenas atualizam o jeito de trabalhar, mas também ampliam o número de empresas que precisam seguir padrões rigorosos de compliance, impactando diretamente o mercado.
Entenda as novas regras e seus impactos
As normas de 2025 trazem uma atualização significativa para o setor financeiro. A Resolução CMN nº 5.237/2025 redefine as regras para Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFIs), unificando diretrizes e permitindo atividades como moeda eletrônica, emissão de cartões próprios e iniciação de pagamentos.
Essa mudança não afeta só as SCFIs. As Resoluções BCB 494-498, de setembro de 2025, incluem mais empresas sob a supervisão do Banco Central, exigindo controles de compliance e monitoramento de operações de alto valor para prestadores de serviços tecnológicos. Isso impacta varejistas e ERPs que oferecem serviços financeiros.
Além disso, desde 1º de setembro de 2025, todas as instituições precisam ajustar sistemas e processos, o que exige modernização tecnológica, mesmo para operações mais antigas. Embora seja um desafio, essa atualização pode trazer mais eficiência e capacidade de crescimento.
Os riscos de não seguir as normas
Com regras mais duras em 2025, ignorar a conformidade pode custar caro financeiramente e operacionalmente. Multas e sanções por descumprir normas, como as da Resolução CMN nº 5.237/2025, podem comprometer todo o negócio.
Fora as penalidades financeiras, falhar na conformidade prejudica a imagem da empresa. Perder a confiança de clientes e do mercado afeta a retenção de usuários e a captação de recursos. Em casos mais graves, licenças podem ser suspensas ou canceladas, impedindo a operação.
As novas regras são complexas e aumentam o risco de erros não intencionais. Empresas sem sistemas automatizados ou monitoramento eficiente têm mais chances de descumprir normas, enfrentando consequências tão sérias quanto as violações intencionais.
A importância de uma estrutura tecnológica sólida
Manter a conformidade em 2025 exige mais do que ajustes manuais ou reativos. Padrões mais rigorosos de relatórios regulatórios demandam sistemas modernos e adaptáveis, substituindo estruturas antigas por soluções modulares.
Uma infraestrutura tecnológica atual deve ser projetada com conformidade desde o início. Isso significa que produtos e serviços já considerem regras de monitoramento, relatórios e controles exigidos por órgãos como o Banco Central.
Sistemas antigos, com processos manuais ou arquiteturas rígidas, dificultam a adaptação às normas. Por outro lado, soluções baseadas em microsserviços e APIs permitem ajustes rápidos e controles automáticos, reduzindo erros humanos e facilitando o cumprimento das exigências.
5 passos para assegurar a conformidade regulatória no setor financeiro
Para lidar com as regras complexas de 2025, é essencial adotar práticas bem estruturadas e apoiadas por tecnologia. Confira abaixo cinco estratégias que formam a base para manter a conformidade de forma prática e sustentável.
1. Acompanhe as regras em tempo real e aja preventivamente
Monitorar mudanças nas normas não é só anotar atualizações. Acompanhar ativamente as atualizações do Banco Central, CMN e SUSEP, como a Resolução CMN 5.237/2025, com sistemas de alerta rápidos, faz toda a diferença.
Crie um sistema integrado que monitore publicações oficiais e identifique mudanças relevantes para o seu negócio. Priorize ajustes com base no impacto e na urgência de cada nova regra.
Esse acompanhamento reduz riscos regulatórios, ajuda a se adaptar mais rápido e mantém sua operação dentro das normas. Mais do que isso, transforma a conformidade em uma vantagem, permitindo que sua empresa saia na frente ao implementar novas exigências.
Uma dica prática é usar plataformas com equipes dedicadas a seguir mudanças regulatórias. Isso evita a necessidade de especialistas internos e deixa seu time focado no que realmente importa para o negócio.
Por fim, não se adaptar rapidamente a normas como as Resoluções BCB 494-498 de setembro de 2025 pode gerar problemas operacionais. Empresas com monitoramento automatizado ajustam-se em dias, enquanto processos manuais levam semanas ou até meses.
2. Invista em ferramentas avançadas de KYC, AML e antifraude
Soluções modernas para conhecer seus clientes (KYC), prevenir lavagem de dinheiro (AML) e combater fraudes precisam contar com inteligência artificial e automação. Normas recentes destacam a importância de dados seguros e automação para monitoramento antifraude e KYC/AML.
Essas ferramentas devem usar fontes de dados em tempo real, como validação de documentos por OCR, biometria, análise de comportamento e monitoramento de transações. Elas precisam processar muitas operações ao mesmo tempo, ajustando riscos conforme novos padrões de fraude aparecem.
Com isso, normas como a Resolução CMN nº 5.237/2025 reforçam a segurança do sistema financeiro. Empresas com boas soluções atendem às regras e ainda melhoram a experiência de entrada de novos clientes.
Uma dica é integrar APIs seguras para validação de identidade e monitoramento em tempo real. Escolha ferramentas com painéis claros para identificar padrões suspeitos e gerar relatórios automáticos quando necessário.
Dados mostram que em 2025/2026, o foco regulatório está em proteger arranjos de pagamento contra fraudes e ataques digitais. Empresas usando IA para detecção relatam até 70% menos falsos positivos e maior eficácia contra atividades suspeitas.
3. Automatize relatórios regulatórios e gerencie dados com eficiência
Automatizar relatórios para órgãos reguladores é indispensável em 2025. Empresas necessitam adaptar seus sistemas até 13 de outubro de 2025, mostrando a urgência de soluções tecnológicas para compliance.
Invista em sistemas que gerem e enviem relatórios obrigatórios, como CADOCs, CCS e COSIF, de forma automática. Além disso, tenha uma boa gestão de dados, com auditorias claras, classificação de informações sensíveis e controles de acesso que sigam a LGPD e normas do Banco Central.
Isso corta erros manuais, acelera processos e assegura que prazos sejam cumpridos. Também dá visibilidade sobre os dados, ajudando a corrigir problemas antes que virem riscos regulatórios.
Uma sugestão é usar plataformas de Core Banking com relatórios automáticos e conexão direta com o Banco Central (RSFN, SPB). Assim, você evita desenvolver sistemas próprios que podem ficar desatualizados rapidamente.
Empresas que automatizam relatórios, obrigatórios desde 1º de setembro de 2025, reduzem em até 90% o tempo de preparo e eliminam atrasos nos envios.
4. Adote uma estrutura modular com APIs para mais flexibilidade
Usar uma arquitetura baseada em APIs ajuda a ajustar sistemas a novas regras e incorporar funcionalidades com agilidade. A Resolução BC nº 503/2025, por exemplo, ajusta limites do Pix, mostrando a importância de sistemas flexíveis.
Com módulos independentes, você atualiza partes do sistema sem impactar o resto. Isso reduz riscos e acelera a implementação de mudanças exigidas por normas.
Essa abordagem permite responder a atualizações regulatórias em dias, não meses. Também melhora a conexão com outros sistemas financeiros e agiliza o lançamento de novos serviços.
Escolha parceiros com APIs bem documentadas e padrões abertos como REST. Isso facilita integrações e evita depender de um único fornecedor.
Dados indicam que Open Finance e Open Insurance são prioridades para 2025/2026, exigindo interoperabilidade entre sistemas. Empresas com APIs implementam essas funcionalidades em semanas, enquanto sistemas antigos levam muito mais tempo.
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5. Escolha o parceiro tecnológico ideal para crescer com segurança
Encontrar o parceiro tecnológico certo é uma decisão estratégica para quem quer expandir serviços financeiros sem descuidar da conformidade. O parceiro deve oferecer ferramentas que se adaptem a mudanças regulatórias e ao crescimento do seu negócio.
Considere não só a tecnologia atual, mas também a capacidade de evolução do fornecedor. Isso inclui atualizações constantes, investimentos em inovação e suporte para diferentes fases da sua operação.
Um bom parceiro garante sustentabilidade a longo prazo, acesso a expertise e escalabilidade sem riscos regulatórios. Também evita grandes gastos iniciais com infraestrutura própria, liberando recursos para focar no crescimento.
Procure quem ofereça soluções completas, de licenças a sistemas bancários, reduzindo a complexidade de lidar com vários fornecedores.
Por exemplo, SCFIs agora podem operar com moeda eletrônica e iniciação de pagamentos, exigindo sistemas robustos. Além disso, varejistas e ERPs também enfrentam novas exigências regulatórias do Banco Central. Parceiros completos ajudam a navegar por essas mudanças sem interrupções.
Dúvidas comuns sobre conformidade regulatória no setor financeiro
Como a Resolução CMN nº 5.237/2025 afeta empresas financeiras?
A Resolução CMN nº 5.237/2025 atualiza as regras para Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFIs). Ela permite que essas empresas operem com moeda eletrônica, emitam cartões próprios, atuem como iniciadoras de pagamento no Open Finance e credenciem estabelecimentos.
Outro ponto é a redução de exigências de capital para operações fora de grandes centros, incentivando a inclusão financeira em regiões menos atendidas. Desde 1º de setembro de 2025, ajustes em sistemas e processos se tornaram obrigatórios, exigindo modernização que pode trazer eficiência e competitividade.
De que forma soluções de Core Banking ajudam na conformidade?
Plataformas de Core Banking oferecem tecnologia completa para empresas reguladas ou não. Para quem ainda não tem licença, o modelo Banking as a Service (BaaS) permite operar sob licenças existentes, facilitando a entrada no mercado.
Para quem já tem licença, essas soluções centralizam operações como gestão de contas, transações e relatórios automáticos (CADOCs, CCS, DIMP). A conexão direta com o Banco Central reduz riscos de falhas e mantém a conformidade.
Com estruturas modulares, a adaptação a novas regras é mais rápida. Controles automáticos de KYC/AML e antifraude também garantem que todas as operações sigam as normas, transformando compliance em um diferencial.
Quais desafios de conformidade fintechs e bancos digitais enfrentam em 2025?
A complexidade das novas regras, que mudam com frequência, é um obstáculo grande. Empresas que antes estavam fora de zonas reguladas agora precisam seguir normas mais exigentes.
Investir em tecnologia para automação também é um desafio. Sistemas antigos não conseguem atender a relatórios em tempo real ou monitoramento constante, exigindo mudanças completas na infraestrutura.
Além disso, regras como ajustes no Pix e avanços no Open Finance pedem flexibilidade operacional. Com fiscalizações mais rigorosas do Banco Central, não cumprir normas pode custar caro, tornando controles automatizados essenciais.
Por que evitar contas-bolsão e qual é a alternativa?
Operar com contas-bolsão mistura recursos de clientes com os da empresa, o que vai contra as normas do Banco Central. Isso impede a separação adequada de patrimônios e viola princípios de proteção e risco.
As regras atuais exigem contas individualizadas para garantir rastreabilidade e segurança. Contas-bolsão dificultam relatórios de transações e controles contra lavagem de dinheiro.
A solução está em infraestruturas reguladas com contas segregadas. Plataformas de Banking as a Service ou Core Banking oferecem isso, assegurando conformidade e controles necessários para cada cliente.
Quais vantagens uma arquitetura modular com APIs traz para a conformidade?
Uma estrutura modular permite ajustar sistemas a novas regras sem impactar todo o funcionamento. Isso reduz riscos durante mudanças e acelera a implementação.
APIs facilitam a integração com plataformas externas, como Open Finance e Open Insurance, que estão em foco para 2025/2026. Essa conexão ajuda a atender exigências de interoperabilidade.
Essa abordagem também simplifica validações e relatórios, com módulos testados de forma independente. Isso facilita auditorias e corta custos ao implementar novas funcionalidades aos poucos.
Conformidade como base para crescer com confiança
No setor financeiro brasileiro de 2025, seguir as regras vai além de uma obrigação legal. É uma estratégia essencial para crescer de forma sustentável e se destacar no mercado. Empresas que encaram isso como prioridade transformam desafios em chances de inovação.
Com um cenário regulatório em constante mudança, adotar práticas proativas e tecnológicas é fundamental. As cinco estratégias apresentadas, como monitoramento contínuo, automação de relatórios e parceiros certos, criam uma base sólida para cumprir normas e ganhar eficiência.
Investir em tecnologia e parcerias especializadas não é só um gasto, mas um passo estratégico. Empresas que seguem essas práticas reduzem riscos regulatórios e ainda melhoram processos, experiência do cliente e rapidez no lançamento de serviços.
No mercado financeiro dinâmico do Brasil, a conformidade bem feita vira uma vantagem. Ela permite focar no que importa: inovar, crescer e entregar valor aos clientes. O caminho pode ser desafiador, mas com as práticas certas e o suporte adequado, os resultados compensam.
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